Crescimento da população humana e sustentabilidade

Crescimento Demográfico

    O crescimento explosivo da população humana associado ao consumo massivo de recursos do planeta é a principal causa da degradação ambiental e da perda de biodiversidade.
      A demografia é um tema que estuda as populações humanas, descreve o seu estado, mas acima de tudo centra-se no conhecimento da dinâmica dessa população. Para avaliar as várias questões a que é sujeita, a demografia faz uso de vários parâmetros, designados por indicadores demográficos, tais como: Natalidade, Mortalidade, Esperança Média de Vida e Migração.


As taxas de natalidade e de mortalidade têm sofrido grandes oscilações ao longo do tempo.


EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO
(Natalidade + Imigração) - (Mortalidade + Emigração)

TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL
Taxa de natalidade - Taxa de mortalidade
(excluindo a influência da migração)

     Atualmente, um dos grandes problemas da humanidade é o seu crescimento muito rápido. Contudo, o crescimento populacional não foi sempre tão significativo e todos estes indicadores têm sofrido modificações ao longo do tempo, consoante o decurso da História.

Principais fatos ao longo do tempo

  • Na pré-histórica o povoamento era muito reduzido, a taxa de mortalidade muito elevada e a esperança média de vida curta não excedendo os 30 anos;
  • No início da Era Cristã deu-se o crescimento populacional devido, essencialmente ao aparecimento e desenvolvimento da agro-pastorícia, permitindo a fixação das populações;
  • Na Idade Média o crescimento populacional foi muito reduzido, devido à Peste Negra que provocou um elevado número de óbitos;
  • No século XVIII existiram elevadas taxas de mortalidade, porque se tratou de um século marcado por guerras, fomes e epidemias que geraram subalimentação, miséria e violência;
  • Em meados do século XVIII existiram grandes progressos da Medicina, com a descoberta de vacinas), permitindo que as pestes fossem menos frequente, o que provocou uma diminuição acentuada da taxa de mortalidade e um consequente aumento populacional; 
  • Nas primeiras décadas do século XIX surgiu a industrialização que permitiu a diminuição da idade média de casamento, levando a um aumento da natalidade e a um crescimento demográfico;
  • No início do século XX, na Europa, a Medicina continuou a desenvolver-se, a melhoria das condições de higiene e a industrialização contribuíram para a explosão demográfica, assim como a emigração;
  • Em 1920, na Europa e na América do Norte, sextuplicam a sua população, enquanto que na Ásia, na América Latina e em África, há um aumento da natalidade e mortalidade, reduzindo o crescimento populacional;
  • Em 1950,  há uma diminuição da população provocada pelo aparecimento e sucesso da pílula anticoncecional;
  • Atualmente, a explosão demográfica apenas existe nos países em vias de desenvolvimento, enquanto que na Europa o crescimento é lento e à custa de migrações.


Países Desenvolvidos
 


       Nos países desenvolvidos, o grande problema deve-se à baixa taxa de natalidade. A natalidade não é apenas determinada por leis biológicas, mas planeada racionalmente, tendo como causas o melhoramento do planeamento familiar, o acesso generalizado aos métodos contracetivos, os casamentos tardios e o investimento nos estudos e na realização profissional. 
       Na Europa, a taxa de crescimento ronda os 0%, logo a descendência já não assegura a substituição das populações.




Países subdesenvolvidos


    Nos países subdesenvolvidos, o grande problema é debaterem-se com um elevadíssimo crescimento demográfico, que absorve a quase totalidade dos recursos, de tal modo que bloqueia a sua evolução, multiplicando a subalimentação. As principais causas deste elevado crescimento são os cuidados de saúde e planeamento familiar muito precários e o baixo nível de instrução.

Desenvolvimento sustentável

"Satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das gerações futuras em satisfazerem as suas próprias necessidades."
(Comissão Mundial para o Ambiente e Desenvolvimento)

        A pegada ecológica é a área biologicamente produtiva (terrestre e aquática) que está a ser utilizada para sustentar o atual estilo de vida da espécie humana, produtos e serviços, organizações, setores industriais, vizinhanças, cidades, regiões e nações. É atualmente usada como um indicador de sustentabilidade ambiental e pode ser usado para medir e gerenciar o uso de recursos através da economia. A pegada ecológica de uma população tecnologicamente avançada é, geralmente, maior do que a de uma população subdesenvolvida.
         Associado a este conceito surge o de biocapacidade, isto é, a área biologicamente produtiva (zona de cultivo, pastos, floresta e pesca) disponível para responder às necessidades da Humanidade. Em muitos países, a pegada ecológica é superior à biocapacidade.




          A sustentabilidade ambiental consiste na capacidade que o ambiente natural tem de manter as condições de vida para as pessoas e para os outros seres vivos, tendo em conta a habitabilidade, a beleza do ambiente e a sua função como fonte de energias renováveis.

       A sustentabilidade económica consiste num conjunto de medidas que visam a incorporação de preocupações e conceitos ambientais e sociais. Assim, o lucro não é só uma vertente financeira, como também uma vertente ambiental e social, o que potencia o uso mais correto de matérias primas e dos recursos humanos. A corporação da gestão dos recursos naturais é mais eficiente, de forma a garantir uma explosão sustentável, isto é, a sua exploração sem colocar em causa o seu esgotamento, sendo introduzidos elementos como nível ótimo de poluição ou as extremidades ambientais.

        A sustentabilidade sócio-política consiste no equilíbrio social. É um veículo da economia, e ao mesmo tempo, pretende desenvolver tecido social nos seus componentes humanos e culturais. 

Procura conciliar o desenvolvimento económico com a preservação ambiental e ainda, pôr fim à pobreza no Mundo.


    O Desenvolvimento Sustentável tem cinco aspetos prioritários que devem ser entendidos como metas:
  1.  a satisfação das necessidades básicas da população (educação, alimentação, saúde, lazer) com a efetivação dos programas educativos;
  2. a solidariedade para com as gerações futuras (preservar o ambiente, de modo que estas tenham as condições necessárias à qualidade de vida);
  3. a participação da população envolvida (todos devem ter consciência da necessidade de conservar o ambiente, numa atitude de cidadania plena);
  4. a preservação dos recursos naturais;
  5. a elaboração de um sistema social que garante emprego, segurança social e respeito por outras culturas.
Como obter estas metas?
       Optando por recorrer a energias renováveis, reduzir, reutilizar e reciclar materiais e tentar controlar o crescimento populacional, assentando na educação ambiental e na educação social.



3 comentários:

  1. Gostei da ideia de postarem um excerto da música dos Xutos e Pontapés. Muito original, para vermos que a vida na cidade apesar de trazer inúmeras vantagens, como acesso mais rápido a serviços de melhores qualidades, se pode tornar muito monótona, desgastante e até mesmo solitária.
    Inês V

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  2. Blog muito interessante, bons artigos.
    Bom trabalho.
    Adriana, Diana J., Filipa Talina.

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  3. Concordo com a Inês, a música foi uma ideia fantástica! Sofia

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